RUTACEAE

Balfourodendron riedelianum (Engl.) Engl.

Como citar:

; Tainan Messina. 2012. Balfourodendron riedelianum (RUTACEAE). Lista Vermelha da Flora Brasileira: Centro Nacional de Conservação da Flora/ Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

NT

EOO:

958.250,343 Km2

AOO:

556,00 Km2

Endêmica do Brasil:

Detalhes:

Argentina, Paraquai e Brasil (Carvalho, 2004), na regiões Centro-Oeste (Mato Grosso do Sul), Sudeste (Minas Gerais, São Paulo), Sul (Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul) (Pirani, 2012).

Avaliação de risco:

Ano de avaliação: 2012
Avaliador:
Revisor: Tainan Messina
Categoria: NT
Justificativa:

Espécie arbórea de grande porte, não endêmica do Brasil, ocorrendo no país nas regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul, em vegetação florestal secundária e em ampla faixa altitudinal. Conhecida como pau-marfim, apresenta forte potencial econômico, pela boa qualidade de sua madeira. As informações sobre declínio populacional por explotação não permitem avaliar um nível de declínio populacional. Por isso é necessário levantamento sobre nível de explotação histórico e atual e análise de viabilidade populacional, para avaliação do risco pelos critérios A e E. A espécie tem ações de conservação, como bancos de germoplasma, uma iniciativa para produção de sementes. Embora as características biológicas da espécie levam a identificar sua facilidade para dispersão e regeneração natural, é dependente de medidas de conservação devido ao valor de sua madeira, e por isso medidas de controle de exploração aliada a projetos de produção de sementes e estímulo à produção e manejo podem garantir a sobrevivência de populações naturais e a manutenção de seu uso econômico.

Perfil da espécie:

Obra princeps:

Nomes populares: embira, farinha-seca, gramixinga, guamixinga, guamuxinga, guarataia, guataia, guatambu, marfim, pau-cetim, pau-liso, pau-marfim, pequiá-mamona (Pirani, 2012).

Valor econômico:

Potencial valor econômico: Sim
Detalhes: A madeira do pau-marfim é densa (0,80 a 0,90 g.cm-3). A espécie é indicada para fabricação de móveis de luxo, partes internas na construção civil, como vigas, caibros, ripas, rodapés, forros, tacos e tábuas para assoalho e lambris; marcenaria, molduras e guarnições internas; cabos de ferramentas, compensados, chapas, lâminas faqueadas decorativas, peças torneadas; artefatos decorativos em geral, cutelaria etc. É uma das melhores madeiras para o fabrico de hélices de avião (Carvalho, 2004).

População:

Flutuação extrema: Sim
Detalhes: Estimativas de densidade apresentam em média 9 indivíduos por hectare, com DAP maior ou igual a 5 cm (Bertani; Rodrigues; Luiz et al., 2001; Borghi; Martins; Quiqui, 2004; Bianchini et al., 2003; Durigan et al., 2000; Ruschel; Guerra; Nodari, 2009).

Ecologia:

Biomas: Mata Atlântica
Fitofisionomia: Floresta Estacional Semidecidual, Floresta Ombrófila (= Floresta Pluvial) (Pirani, 2012), rara na floresta ombrófila mista (Carvalho, 2004).
Detalhes: O pau-marfim é freqüente em capoeirão e na floresta secundária. Não raro, surge no meio da pastagem (Carvalho, 2004).Árvores (6-)9-25(-32)m, tronco 25-8-(-100) cm diâmetro. O período de floração estende-se de agosto a fevereiro (mais expressivo de outubro a dezembro); coleções frutíferas foram obtidas de janeiro a setembro (Pirani, 2002). O processo reprodutivo inicia com cerca de 4 anos (em plantios, solo fértil) ou ao redor dos 15 anos de idade (Durigan et al., 1997 apud Carvalho, 2004).

Ações de conservação (3):

Ação Situação
1.2.2.3 Sub-national level on going
Rara. Lista vermelha da flora do Paraná (SEMA/GTZ-PR, 1995).
Ação Situação
1.2.2.1 International level on going
Em perigo.A1acd+2cd. Lista vermelha IUCN (2011)
Ação Situação
5.7 Ex situ conservation actions on going
Banco de germoplasma com pomar de sementes de Balfourodendron riedelianum teve início em 1984 pelo Instituto Florestal de São Paulo na Estação Experimental de Luiz Antônio (Sebbenn et al., 2007).

Ações de conservação (1):

Uso Proveniência Recurso
Madeireiro
​A madeira alva desta espécie é de excelente qualidade e altamente valorizada para tornearia, ferramentas, implementos agrícolas, nas construção de interior e mobiliário (Record; Hess, 1940 apud Pirani, 2002).